LP MAY EAST - REMOTA BATUCADA (VINIL TRANSPARENTE 180g)(NOVO/LACRADO)

• LP transparente 180g*

• Capa simples

• Encarte extra com texto inédito do jornalista Bento Araujo

• Reprodução do encarte original

• Obi

*A cor do disco está sujeita a oscilações devido ao processo de fabricação

**Imagens meramente ilustrativas

MAY EAST - REMOTA BATUCADA - R3083

A música de May East é atemporal, justamente por apresentar o passado e o futuro, o eletrônico e o orgânico, a tradição e o contemporâneo — um trabalho de sincretismos culturais, geracionais, espirituais e musicais. Muito cedo em sua carreira ela possuía uma visão cristalina sobre seu papel diante da música brasileira.

Na revista Bizz ela explicou detalhadamente essa transformação de ex-integrante da Gang 90 à artista solo: "Tenho uma coisa chamada ‘febre do além’, que é o que me impulsiona para terrenos desconhecidos. E, na verdade, a música brasileira é, ainda, um terreno desconhecido. Para mim está sendo uma aventura descobrir essa riqueza”.

Foi em 1984 que os primeiros frutos de sua transformação começaram a amadurecer. Contratada pela poderosa EMI, partiu em viagem de pesquisa musical pela Holanda, Suíça e Egito. Descendo o Rio Nilo, passou dez dias no Saara, convivendo com nômades e absorvendo as energias do deserto. Foi nesse período de exploração que lançou seu primeiro compacto solo simultaneamente no Brasil, Holanda e Japão, contendo as músicas "Índio/Fire in the Jungle".

Essas duas composições do compacto, assinadas por May e por Fernando Deluqui, serviriam também de abertura e encerramento de seu primeiro LP completo, Remota Batucada, e traziam outro integrante do RPM nos teclados, Luiz Schiavon. Durante os três meses de gravação do disco, além dos rapazes do RPM, uma impressionante lista de músicos relevantes daquela geração dos anos 80 passou pela porta dos estúdios da EMI no Rio de Janeiro: Renato Russo, Marcelo Bonfá, Kid Vinil, Nico Rezende, Arnaldo Brandão, Marcelo Salazar, Kodiak Bachine, Fabio Golfetti, Guilherme Isnard e Heitor TP, além da turma que havia passado pela Gang 90 (Alice Pink Pank, Lonita Renaux, Miguel Barella e Herman Torres).

Naquela altura, imbuída numa quase solitária expedição modernista/tropicalista em busca “de uma música eletrônica brasileira de verdade e procura”, May East dava sequência ao ritual antropofágico sempre tão presente na nossa música: “É um compromisso que eu estava a fim de assumir com o passado e o futuro. Ao mesmo tempo que é uma batucada remota, é uma batucada de controle remoto”.

Esta edição Três Selos Rocinante é em disco de vinil transparente 180g, capa simples e inclui reprodução do encarte original e encarte extra com texto do jornalista e escritor Bento Araujo, autor da série de livros Lindo Sonho Delirante.