LIVRO JOY DIVISION - CLOSER: TESTAMENTO MUSICAL (ARLINDO GONÇALVES)

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LIVRO JOY DIVISION - CLOSER: TESTAMENTO MUSICAL (ARLINDO GONÇALVES)



Sinopse: "A julgar puramente por meus próprios termos, e não para ser
interpretado como uma opinião ou reflexão da grande mídia ou pelo
gosto do público, mas como uma crítica da minha mente esotérica e
elitista, na qual os mistérios da vida são escassos, e ao lado da qual
a graça de Deus tem se mostrado em uma visão da verdadeira natureza
das coisas, mais o fato de que as pessoas são sorrateiras, gravando um
monte de porcarias, está decretado que este LP seja um desastre."

Ian Curtis, a respeito do disco Closer

"Zona leste de São Paulo, 1986. Em plena fase de abertura política,
que marcou a transição do regime ditatorial para a democracia, o autor
deste livro comparece ao show da banda pós-punk Siouxsie & the
Banshees. Seria seu primeiro concerto internacional. Dez anos antes,
em Manchester, norte da Inglaterra, são realizados dois shows dos Sex
Pistols, no Lesser Free Trade Hall. Esses fatos são, aqui, preservadas
as devidas proporções, descritos como saltos de liberdade, momentos em
que somos inspirados a fazer coisas ligadas à criação intelectual e
artística, como forma de ampliar horizontes. Em Manchester, a partir
daqueles shows, surgem diversas bandas. No Brasil, após a vinda dos
Banshees, outros grupos internacionais da mesma estirpe passam a vir
tocar no país. Ganha fôlego, então, toda uma cena underground
nacional, que, se já existia, torna-se mais notória.

Tendo como ponto de partida esses dois momentos, o fotógrafo e
escritor Arlindo Gonçalves repassa a trajetória da banda Joy Division,
com especial atenção à criação do segundo álbum do grupo, Closer, o
preferido do autor.

Por meio de um conteúdo que mistura ensaios históricos, ficção,
relatos de processos criativos, fotografias e ilustrações, somos
apresentados a narrativas inspiradas pelo disco de Ian Curtis & Cia.
As emoções íntimas que afloram da audição de cada faixa de Closer
invocam o drama de um jovem que sofre pelo desemprego crônico, pela
falta de perspectivas, pelo isolamento e pela perda de sentido de sua
existência. Essa história real inspira a construção de personagens
como dona Joana, uma velha alcóolatra, verdadeira rocha que chora a
ausência de um filho executado numa chacina e o casal de artistas
fracassados, Tânia e Marcos.

Os textos, organizados e expostos por Arlindo, e conectados ao
retrospecto biográfico do Joy Division, servem como um exercício
estético de ovacionar Closer em seus 40 anos. Com drama e tom pesado,
e também com humor decadente e autodepreciativo – marcas de estilo do
autor –, o disco é celebrado – não como uma peça mórbida, simples
culto ao suicídio de Ian Curtis a inspirar outros a fazerem o mesmo –,
mas como uma obra-prima que valoriza o aprendizado pela compreensão
dos grandes dramas individuais e coletivos; um triunfo da vontade
inspirada pela arte para superar as perdas e o sofrimento humano. Ian
Curtis previu que o disco seria um fracasso. Felizmente, ele estava
errado.

Sobre o autor:

Fotógrafo e escritor, nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em São Paulo
desde os seis anos de idade. Publicou, dentre outros livros, Dores de
perdas; Desonrados; Desacelerada mecânica cotidiana; Carinhas(os)
urbanas(os); Corações suspensos no vazio; Corações ausentes; In
aeternum – Joy Division: a busca afetiva por uma imagem; Ad infinitum
– réquiem para Álvares de Azevedo & Ian Curtis – estes dois últimos em
parceria com Luciana Fátima – e Tréguas e epifanias no precipício.


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Dados técnicos:

. Texto: Arlindo Gonçalves
. Fotografias: Arlindo Gonçalves (capítulos principais) e Luciana
Fátima (parte do posfácio e fotos
retratando o autor)
. Ilustrações: Matheus Vigliar
· Capa: Arlindo Gonçalves
. Formato: 14 x 14cm
· 264 páginas (P&B) em Pólen Soft 80g
. ISBN 978-65-87071-07-7
· Capa em cartão 300g, com orelhas e laminação fosca
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